Novidades do front jornalístico

Campanha por financiamento

A Federação Nacional dos Jornalistas se uniu à campanha internacional pela taxação das plataformas digitais como Google e Facebook. Especificamente, a proposta prevê a tributação dessas empresas com a criação de uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). O princípio que rege a iniciativa é que parte do faturamento dessas plataformas provém da circulação de conteúdo jornalístico pelo qual elas não pagaram nada. Elas ainda coletam os dados de internautas pela desenvolver melhores produtos e serviços antes dos concorrentes, e para fazer com que usuários fiquem mais tempo logados. O YouTube, por exemplo, sofreu esse pênalti, quando gravadoras e artistas foram à Justiça para que o portal de vídeos não ficasse com todo o lucro decorrente da reprodução de videoclipes ou trilhas, sem ter arcado com custos de criação e produção do material. Spotify e Deezer também pagam direitos autorais.

Perfil do jornalista brasileiro

Já está disponível para download o relatório final da pesquisa Perfil do Jornalista Brasileiro 2021. Os resultados da pesquisa são baseados em 6.650 respostas vindas de todas as unidades da federação e do exterior. Os dados indicam que jornalistas no Brasil ainda são majoritariamente mulheres (58%), brancas (68,4%), solteiras (53%), com até 40 anos. O estudo ainda aferiu a renda dos profissionais. 60% dos entrevistados ganham menos do que R$ 5,5 mil por mês e apenas 12% recebem acima de R$ 11 mil. Um dos aspectos mais curiosos do levantamento foi a orientação política dos jornalistas. 79% se declararam de esquerda, centro-esquerda ou extrema-esquerda, enquanto apenas 4% se declararam de direita, centro-direita ou extrema-direita. 9% preferiram não opinar e 5% se disseram centristas. O restante falou que segue outras correntes.

Diagrama de Pareto no Twitter

Lembra o Diagrama de Pareto, também conhecido como regra 80/20, que é aplicado na formação da Curva ABC de Vendas (80% das vendas correspondem a 20% dos produtos)? Pois ele também baliza a produção de conteúdo em plataformas digitais. Uma pesquisa do instituto americano Pew Research mostrou que os 10% dos usuários mais ativos são responsáveis ??por 80% de todos os tweets criados por usuários dos EUA. Mais: a análise indica que a taxa de 22% de americanos adultos que usam o Twitter são jovens adultos (44% têm de 30 a 49 anos), mais propensos a se identificar como democratas, mais educados e têm renda mais alta do que os adultos americanos em geral. 

No Brasil, as cinco redes sociais mais usadas em 2022 são:

1. WhatsApp (165 milhões de usuários)

2. YouTube (138 milhões)

3. Instagram (122 milhões)

4. Facebook (116 milhões)

5. TikTok (73,5 milhões)

O número mais recente, de abril, indica que os brasileiros passam, em média, 3h47min por dia conectados às redes sociais.

Uma leitura que vale cada linha

Vamos para uma dica de leitura. A jornalista Jennifer Senior venceu o Prêmio Pulitzer de 2022 na categoria Escrita de Destaque por sua história publicada na revista The Atlantic em setembro do ano passado, intitulada What Bobby McIlvaine Left Behind (O que Bobby McIlvaine deixou para trás). O texto – longo – pode ser lido com a tradução automática do Google, só atentando para que o tema da família McIlvaine - Life Loves On - às vezes é traduzido como A vida continua, em vez de A vida ama, num enigma que se desfaz no final. Conta a história real de um jovem, Bobby, morto no atentado terrorista que derrubou as torres do World Trade Center, e os diários que ele deixou para a família e a namorada que tinha na época. É um relato tocante, envolvente, cobrindo toda sorte de consequências da tragédia nos anos que seguiram.