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Marcas x Mídia

Blog
Thiago Muniz

Num mundo moderno onde a confiança na mídia convencional está em queda, surge uma revelação intrigante: um terço dos consumidores confia mais no conteúdo publicado por marcas do que nas tradicionais organizações de mídia. Essa tendência, evidenciada por uma pesquisa conduzida pela Toolkits e National Research Group com 1.007 consumidores digitais nos Estados Unidos, aponta para uma mudança de paradigma na forma como as audiências consomem informações. 

O estudo revela que 36% dos entrevistados confiam mais no conteúdo das marcas do que naquele proveniente de fontes tradicionais, como notícias de TV, jornais, revistas ou sites de notícias online. Em contrapartida, apenas 26% afirmam confiar menos no conteúdo das marcas. Essa quebra de confiança na mídia convencional pode ser a brecha que as marcas necessitam para se destacarem como fontes confiáveis de informações.O fator mais intrigante é que 43% dos entrevistados consideram o conteúdo das marcas mais interessante e envolvente do que o oferecido pelas organizações de mídia tradicionais.

Em um mundo inundado por informações, capturar a atenção do público torna-se crucial, e as marcas parecem estar se destacando nesse quesito.No universo da utilidade, 36% dos participantes apontam que encontram o conteúdo das marcas mais útil do que o proveniente de empresas de mídia. Isso sugere que as marcas não apenas atraem a atenção, mas também oferecem valor prático, tornando-se fontes confiáveis e úteis de informações para o público.

Essa mudança de paradigma coincide com pesquisas que indicam a crescente desconfiança na mídia convencional nos Estados Unidos. Com apenas 32% dos americanos confiando consideravelmente na mídia em massa para relatar notícias de maneira completa e precisa, as marcas têm uma oportunidade única de se estabelecerem como fontes confiáveis em meio a um cenário de desconfiança.Os consumidores mais propensos a confiar no conteúdo das marcas incluem homens (37%), afro-americanos (42%), conservadores (41%) e a Geração Z (39%). Esses grupos demográficos mostram uma receptividade particular ao conteúdo das marcas, destacando a diversidade de audiências que veem valor nas informações fornecidas por empresas.

Para os profissionais de marketing de marca, os dados sugerem que é possível produzir conteúdo de alta qualidade que não apenas captura a atenção, mas também constrói confiança. Enquanto o debate sobre a qualidade do conteúdo produzido por marcas versus empresas de mídia tradicionais persiste, fica claro que as marcas têm o potencial de criar conteúdo que ressoa com suas audiências.Além disso, a pesquisa revela que as audiências estão abertas a consumir e confiar no conteúdo das marcas, independentemente de quem está financiando. Isso sugere que as marcas que investem em criar identidades editoriais autônomas estão no caminho certo.Em termos de conhecimento e expertise, as marcas têm a oportunidade de preencher lacunas deixadas pela mídia tradicional. A abordagem centrada na audiência, adotada por marcas que buscam entender as necessidades do público, mostra-se eficaz, com mais de um terço dos entrevistados considerando o conteúdo da marca mais útil do que o produzido por editores tradicionais.Finalmente, à medida que marcas investem cada vez mais em conteúdo de entretenimento, como séries, álbuns musicais e filmes, a pesquisa aponta para uma oportunidade crescente nesse espaço.

Com 43% dos entrevistados encontrando o conteúdo das marcas mais envolventes e interessantes do que o da mídia tradicional, o entretenimento surge como uma estratégia promissora para cativar audiências em meio à crescente concorrência por atenção.A confiança na mídia está em transformação, abrindo portas para as marcas conquistarem o público por meio de conteúdo envolvente, útil e confiável. Neste cenário, as marcas não são apenas produtoras de produtos, mas narradoras de histórias cativantes e fontes valiosas de informações em um mundo saturado de notícias e desconfiança.

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